quarta-feira, 9 de julho de 2008
Sonho nº 6
Ando pela casa e encontro a gata de minha namorada sentada diante de um prato que contem algo que eu acredito ser fígado ou algo assim, ainda cru.
A gata está realizando um ritual religioso e usa o fígado cru como oferenda.
Eu pego o pedaço de carne e como ao que destruo o ritual da gata.
Minha namorada está na porta do quarto e descubro que estava lá a muito tempo. Cheia de raiva porque estraguei o ritual religioso de seu animal ela grita:
- Tito, será que você não pode passar em nenhum lugar sem matar um Deus?
--- Volta ---
Enjoy.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Sonho nº 5
Há um longo tapete vermelho no chão e no teto, há, também, um corredor lateral à direita, protegido por uma folha de madeira com furos - semelhante ao dos confessionários.
Haverá um casamento.
Minha mãe passa correndo ao meu lado - vestida de vermelho -, está indo encontrar-se com meu pai em uma sala atrás do altar.
Forma-se um pequeno tumulto - creio eu por culpa da noiva ou do noivo, que sumiu. E presumo que minha mãe tenha corrido por isso. Para ajudar ou consolar os pais do fugitivo -. As pessoas começam a correr em círculos ao meu redor, me apertando cada vez mais.
Ao que me canso e empurro as pessoas para sair de lá.
Do lado de estou num acampamento que fui quando era muito novo - a imagem é completamente diferente, mas sei que estou lá -.
Há uma trilha que leva até uma pequena inclinação no terreno, onde um pequeno grupo de pessoas está reunido.
Eles estão bebendo e rindo alto, me aproximo deles tentando me inturmar.
Encontro um pequeno hammster no meio do caminho, mas quando vou pegá-lo ele está maior - do tamanho de um rato grande -, rosna para mim de forma estranha e abocanha um gato morto.
Assusto-me com o hammster e as pessoas da colina - que pareciam ser donas ou estarem familiarizadas com ele - o chamam para perto enquanto riem de mim por ter tido medo. Apontando e gargalhando.
Viro-me e vou embora.
No caminho de volta, noto que escondidos pelo mato meio alto, vários esqueletos de gatos.
sábado, 22 de setembro de 2007
Sonho nº 4
Estou na sala de aula que fica dentro de um shopping - a turma está quase toda concentrada no meio da sala, eu estou na primeira fila -, o professor discursa sobre alguma teroria complexa da qual discordo.
O quadro está cheio de gráficos - verdes - que ele aponta e usa como provas.
Discutimos e eu destruo cada argumento dele com um novo, ao que ele se desespera e fica nervoso. Eu mantenho a calma e um certo sorriso de vitória. - A turma parece alheia ao debate -
Um ano após isso, por um colega de classe que parece ser um grande amigo e admirador meu, descubro que o professor morreu de um ataque enquanto lia um livro a fim de descomprovar meu argumento final.
Havia passado toda a vida desenvolvendo a sua teoria.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Sonho nº3
Estamos numa sala que me parece uma cabana. Eu e três irmãs que ficam paradas atrás de uma pequena mesa redonda - sem cadeiras -
Tento chamá-las para sair e insisto até que elas me dizem que não podem porque é feriado religioso.
Insisto mais vezes e a todas elas recusam.
Há também no recinto cada-vez-mais-parecido-com-uma-cabana - e só agora o notei apesar de saber que está lá desde o começo - um homem, muito grande que eu não vejo, mas sei que ele está.
Continuo a insistir com as três irmãs, mas elas afirmam que não podem, por culpa da tábua de madeira* - hexagonal, sem inscrições, feitas de vários tipos de madeiras com cores diferentes que dão um estranho contraste de tons - que está sobre a mesa que agora é retangular e grande como a que havia no quarto onde minha vó dava aulas.
Seguro o martelo que tinha em mãos desde sempre e o levanto para atingir a tábua e noto que agora realmente estamos numa cabana, mas as três irmãs sumiram.
Levanto o martelo para partir a tábua, mas sei que o homem tentará e conseguirá impedir-me
* algum símbolo para a religião delas, pelo que interpretei depois.
domingo, 16 de setembro de 2007
Sonho nº 2
Há um velho desconhecido com o rosto enrugado e grossas sobrancelhas, cabelos compridos e brancos.
Fico olhando o velho que também me olha.
Estou com uma certa dor de cabeça e parece ser por isso que lavo o rosto.
Viro-me para sair, mas de me virar o velho fala algo como:
- Você deve cuidar melhor de si.
Ao que eu respondo agitando minhas mãos para tirar a água.
- Em que isso me importa?
sábado, 15 de setembro de 2007
Sonho nº I
O hospital tem paredes sujas de um certo e esverdeado branco, meio que doente. A casa da cura está morrendo.
Ando pelos corredores lotados e sei para onde estou indo.
O corpo está deitado ao chão e é por ele que rezam os monges de cabelo raspado e roupas laranja.
É uma mulher e eu a conheço, vim por ela, e por ela estou parado em pé diante de centenas de monges que não sei de onde vieram, nem como cabem.
Três deles tem detalhes negros nas roupas e são os únicos que parecem ter direito a tocar o corpo, mas ainda assim não o fazem.
Ela está morta?
Está.
Todos estão morrendo, já contamos muitos.
Todo o hospital está tomado por corpos que choram e velam pelos seus.
Os monges velam por ela.
Eu a conheço.
De alguma forma a conheço, li tudo que ela escreveu e a adorei em um completo estranhamento.
Li tudo que ela disse, pensou e foi.
Agora sei que ela é escritora.
Um dos monges levanta e assina um papel.
Sento-me ao lado dela e penso que bom seria se estivesse viva.
Todo o corpo dela treme em espasmos, ela agarra meus ombros abre os olhos - que são azuis - e diz-me com milhares de palavras em uma única algo que só poderia traduzir por:
- A vida é um fim em si só.
Tremo, choro, grito.
Ela está morta.